sábado, 9 de janeiro de 2010

Amor sem medidas

A mãe que eu tive nunca lutou por seus ideais, mas sempre torceu e se alegrou pelos nossos.
A mãe que eu tive não esbravejou diante da opressão, mas se oprimiu diante do esbravejo.
A mãe que eu tive nunca almejou ser a primeira, mas fazia questão de ser a última entre nós.
A mãe que eu tive raramente fazia suas vontades, mas fazia sempre as nossas.


Essa mãe, a  mãe que eu tive,  chorava baixinho para ninguém perceber e não causar mais tristeza.
A mãe que eu tive nem se sentava, para de pé se mostrar sempre pronta.
A mãe que eu tive não fazia questão de passear, mas adorava saber dos nossos passeios.
A mãe que eu tive se doou por inteita, se resignou, foi oprimida e não lutou.


Hoje,
Tanto tempo depois,
Eu sei porque.
Deus na Sua infinita misericórdia nos deixou tantos santos como intercessores,
Mas a mim e meus irmãos nos deu uma exclusiva: Minha mãe.


Se algum dia Deus me perdoar pelos meus pecados,
É porque tenho uma intercessora com meu sangue no céu.
Amém.

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