sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Menina do Vento


Eu ví a menina dançando,
A brisa esvoaçando seus cabelos, 
Enquanto bailava por entre luzes e sombras,
Correndo contra o tempo.


A inocência se fazia presente,
Entre sonhos tão frequentes
Naquele  pequeno coração,
Que pulsava forte por existir.


Batia a curiosidade tão grande,
Em conhecer não o que estava perto,
Mas sim o que estava distante:
O futuro, o Criador, a criação.


Qual seria seu caminho,
Nesse mundo infinito,
Nesse mundo tão estranho
E sem dimensões?


O tempo passa,
E para a bailarina do vento,
Se faz presente o futuro,
Nada a contento.


É uma pena,
Mas a vida flui,
Corre sem perguntar,
Sem ler nossos pensamentos.


Então,
A mulher para no tempo,
E acena para a pequena menina
Que bailava ao vento.


Que pena,  
Diz entre lágrimas.
Criança, você ficou lá atrás,
Teu nome era: esperança.


Mas nesse momento,
A mulher sorrí,
E dançando com emoção murmura:
Sempre, sempre te terei na lembrança!


Hoje eu sei,
Que a menina era a mulher.
Hoje eu sei,
Que a mulher é a criança.


Que dançou,
Que girou,
E que nos caminhos da vida,
Caiu e chorou.


Porém, 
Sempre confiando em Deus,
Nele buscando forças,
Se recompôs e se levantou.


Assim, 
Ela novamente e mais uma vez dançou,
E dançou,
E dançou..

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